quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


Pouco


Me deixa ser um pouco, somente um pouco para ti
Um pouco que faz o muito e esse que te alegra



Ser parte de um todo e ser parte importante



Anseio por mostrar que posso, que quero e que vou
Dentro do que tenho, ser um pouco do que te agrada
Mas que agrada muito e que alimenta a alma


Que te faz sorrir por ser eu, um pouco, do que imaginas
que posso ser.



Me faz um pouco, não o pouco.








(Rafaela Moura.)

domingo, 17 de janeiro de 2010


Somos todos um.

Deve haver uma linearidade nisso.

Falo dessa constância em ser da mesma maneira, às vezes.
Mesmo que pareça pertencer a momentos pré-determinados,

como algumas vezes finjo acreditar que são eles os causadores
dessa persistência sem propósito. Ou talvez eu esteja enganada
da forma mais profunda e tudo isso venha a ser, na verdade, o
maior propósito da minha existência.

Não sei se descobrirei isso como verdade.
No entanto, ela não deixará de ser.


Por vezes me sinto tão irracional com essa consciência.
Dentro de mim ela grita clamando por uma ajuda universal, e além ainda.

Mais do que possa, eu, imaginar.


Nesse sentido, alcanço o meu racionalismo, embora não pareça
algo conciso, percebo que é real. Eu vejo que é possível, porém
ainda que seja real, a nossa locura humana não permite ser, é
necessário uma consciência interligada.

Nós.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010



Eu bem que queria
fazer-te uma poesia.










E isso é tudo!




Uma carta para não deixar de ser.



Lá vou eu mais uma vez procurando como tola
aquilo que continuo a desconhecer.

Embora já conheça os passos dessa procura subjetiva.

Sigo.

É o buscar que me envolve, não posso negá-lo à mim.

Desfaço-me das lembranças da última estrada que construí
quando ainda estive disposta a me doar tanto a mim mesma.

No entanto, ainda me sinto aglutinada de sentimentos e
perguntas que tive naquele tempo.

Em breve mandarei notícias desse novo Eu.

O mesmo.


terça-feira, 5 de janeiro de 2010


Onde
não busquei, encontrei tua voz e depois te
senti agarrada ao meu corpo.
Tentei, somente, não pensar e percebi que isso me
cabia, aos poucos e constante encontrava a tua pele
em minhas unhas.

Boca. Nuca. Braço. Mão.

Há um reconhecimento mútuo entre nós e uma
trasmutação inevitável em mim.


Quando sem perceber, já eras mais do que sou.
E ainda és!

Estás.



Acorda, florzinha, que os meus dedos já percorrem
teus cabelos tão cheios de cachos nesse dia que chega.