domingo, 28 de novembro de 2010


a gente não tem mais cura.




Às vezes sinto como se tivesse tomado um porre,
o corpo não acha lugar certo e a minha mente não ajuda nenhum um pouco.
Misturo o passado com
o presente e empurro pra um futuro próximo.
"Ta difícil ser eu sem reclamar de tudo",
me permita compartilhar com você Gal.

Ando vagando dentro mim.

De repente me encontro.
E isso pode durar
pouco, ou não.
Depende muito mais de você do
que de mim,
e eu sei que é ridículo pensar assim.

Acontece que o teu amor tem uma força imensa sobre meu ser,
reajo em direção ao teu amor.

Embora algumas vezes me doa ser tão você e menos eu,
já me acostumei a respirar fundo,

lembrar do teu sorriso e sentir o teu abraço.



segunda-feira, 4 de outubro de 2010


Tento pensar como acho que devo, mas penso também que
pensar ao contrário do que acho que devo é que é o certo.



Torno verdade aquilo que me dizes, embora exista algo em
mim tão irracional que não permite que eu não seja dor.


E transito entre nós sem encontrar

ou definir bem o que me faz ser tanto você.

domingo, 3 de outubro de 2010

não há


não sei onde perdi tudo o que tinha bem diante de meus olhos

não enxergo mais aquela busca de outrora

não sinto como se tivesse contraído outro sentido

apenas como se realmente não houvesse mais nada.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010


Espelho.

No início a minha relação com o espelho era, pode-se dizer, medrosa.
Diversas vezes passei meio escondida, querendo que "ele" não me "visse".
Quando um pouco mais velha adquiri o costume de parar diante do espelho e me perceber, passei a não ficar mais envergonhada por me olhar. Isso começou a partir do momento em que eu observava algumas amigas, muito familiarizadas com aquele objeto, se olharem por longos segundos.
Eu gostava de reparar em seus olhares dirigidos para o que viam além de seus reflexos.
Eu tinha esses instantes de observação totalmente despercebidos, e imaginar o que se passava na mente de cada uma ao se olhar me prendia durante todo esse ritual.

Mas isso já faz muito tempo.

Aos poucos os pensamentos foram mudando, alguns estão indo e vindo, mas acho que um sempre permaneceu: auto-conhecimento.
Talvez os espelhos sejam uma excelente terapia, ou amigos mesmo.
Quem nunca se disse ser um "idiota" diante do espelho? Ou treinou para apresentação de um trabalho? Ou até mesmo para um encontro?
Diante "deles" percebemos onde estão nossas falhas, num jeito ou no passar dos anos.
Há tempos converso muito com espelhos, têm boas respostas, somos forçados a vê-las em nós mesmos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010



Teus olhos me dizem exatamente o que queres
nessa noite,
antes mesmo da tua boca começar a me beijar.

Feito.

Daí para frente sou completamente tua,
suor, pele, músculos, nervos, ossos,
minhas células, todo o meu ser.
De fora para dentro, no vai e vem de nossos corpos
sou humana e sou animal descontrolado no cheiro do teu prazer.

Descanso sobre os teus músculos exaustos
ao som da tua voz mais suave, naquele tom que somente
meus ouvidos podem alcançar e logo adormeço com a certeza
de que tenho o amor.

terça-feira, 27 de julho de 2010

prazer!


me admiro com tua força de vontade para dar certo
me encanto com o amor que tens ao acordar
me apaixono mais por você a cada noite nossa

tua cor
teu cheiro
a textura da tua pele
tudo isso já faz parte de mim
durmo e acordo sendo você

'Ai, Dindi'
é absurda a saudade que sinto
e esse desejo que me letargia
esse querer que rasga o peito


e no canto de cada olho meu, uma lembrança tua
e no deslizar de cada sorriso, o teu olhar.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

poesia pobre.

desconfio do teu silêncio
desconfio da minha euforia
e vice-versa

penso saber agir contigo
penso saber agir comigo

imponho o meu amor
e está tudo bem
não está

é o teu amor que sobressai
a minha brincadeira de 'faz de conta' cai na tua realidade.

terça-feira, 29 de junho de 2010

sem nenhum estilo

Em dias de chuva tudo parece impressionista.

Das janelas os pingos que escorrem deixam à mostra

pessoas desfilando suas vidas borradas com

suas faces deformadas, cheias de si.

Cheias de tudo e sem vontade de nada.



segunda-feira, 28 de junho de 2010


a sensação é de ser cúmplice de mim mesma
enquanto vivo ausente da minha própria vontade


pareço não estar de acordo com minhas vontades
e quando encontro você pelo caminho
me chegas como uma tragada mal dada
que me engasga e faz coçar a garganta

e em cada cerveja aguardo ouvir tua risada ao fundo
enquanto mais um cigarro me dá o fôlego que perco
em meus suspiros cheios de esperança sem nenhum
cabimento

é fato
não posso me lamentar e nem dizer que fui vítima
de qualquer palavra de amor que tenhas dito
pois jamais foram ditas

basta
estou gasta
chata
cansada
ou quem sabe
renovada

quinta-feira, 17 de junho de 2010


hoje eu tento quem sabe amanhã eu consigo.


quarta-feira, 9 de junho de 2010


'Teus olhos e teus olhares, milhares de tentações'

Começo desse jeito, meio sem jeito, a falar sobre você.
Mais uma vez.
Não me lembro de não ter pensado em algo teu qualquer
um desses dias que passou.
Já faz parte de mim.

És como um dos sonhos que tenho desde pequena, vez ou outra
volta e apesar da intimidade ainda me causam sensações furtivas.

Porções de você ficam em mim durante dias.
Me desfaço delas de propósito, mas não sei o porque.
Desde o princípio tentei compreender essa magia que tens
e que teu rastro despeja em mim.


terça-feira, 8 de junho de 2010

num breve encontro percebo ainda

haver algo em mim sensível à ela.






quarta-feira, 19 de maio de 2010

no começo fui eu


Sinto tanto por saber que um dia vou te
magoar e embora me esforce bastante acredito
ser inevitável.

Sou tão falsa quanto minhas palavras.

E se queres saber a verdade eu acredito
que já saibas disso o que, sinceramente,
não me deixa amenizar o meu fardo.
Lembro das vezes em que rodeava tentando
me despir em palavras que te trouxessem
até Meu abismo, no entanto, claramente
eu via que tu percebias do quê se tratava e
rapidamente detinhas minhas frases longas
e, nitidamente, explicativas.
E isso era somente para não ouvir o que
não te convinha.

Me absorves da maneira que te interessa.
Engoles o que pensas em dizer.
Tens medo do amor. Ou melhor, do meu amor.

Ah! se confiasse no que dizes...
pois é, não confio. Não se desagrade por isso.

eu sei quando o teu amor dói
eu sei quando o teu ciúmes chega
eu sei quando tens somente saudade
eu sei quando tua possessividade domina
eu sei quando finges indiferença
eu sei quando não devo crer nos teus olhos
eu sei quando não ouvir tuas palavras que
gritam negando haver tudo que há.



Posso te apresentar mais um pouco
ou por hoje está bom?


calados


Gosto daquelas bocas sem som que percebo

enquanto escuto Damien Rice no mp4,

parecem estar sempre prontas a falar de seus mundos

tão cheias de entusiasmo enquanto disfarçam seus olhos.


segunda-feira, 17 de maio de 2010

um instante


nunca soube quais passos nós perdemos

em nossa história tão breve e que ainda me letargia

tento seguir num caminho contrário ao teu

mas acabo imprimindo sensações próprias.


sexta-feira, 12 de março de 2010


A cabeça pra fora da janela e a liberdade invade a mente.


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ah Bela,

Procuro tuas pernas entre as minhas para
que eu possa adormecer como outrora.

A ausência da tua carne cheia de vida me inquieta. Me agita.
Meu quarto é pequeno diante do desejo.


Caiu em pensamentos meus, ora são teus, ora nosso.



Nosso.



Há pouco foi nosso. Há pouco fomos nós.
Agora estamos o que somos. Eu. Tu.



Ès minha pequena 'rosa desfolhada', como foi dito

por quem soube amar e cantar o amor.


E te amando, assim como o poeta Vinícius amou
a 'menina com a flôr no cabelo', te canto qualquer
canção com meu riso e vou eternizando teu sorriso
em meus olhos já cansados de olhar para o além.





Com carinho, Tua.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


Do teu riso das noites

Do teu calor nos abraços

Da tua mão que acaricia

Do teu olhar de contemplação

Do teu sono displicente

Do teu sorriso de bom dia.



É disso que me faço.




quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


Pouco


Me deixa ser um pouco, somente um pouco para ti
Um pouco que faz o muito e esse que te alegra



Ser parte de um todo e ser parte importante



Anseio por mostrar que posso, que quero e que vou
Dentro do que tenho, ser um pouco do que te agrada
Mas que agrada muito e que alimenta a alma


Que te faz sorrir por ser eu, um pouco, do que imaginas
que posso ser.



Me faz um pouco, não o pouco.








(Rafaela Moura.)

domingo, 17 de janeiro de 2010


Somos todos um.

Deve haver uma linearidade nisso.

Falo dessa constância em ser da mesma maneira, às vezes.
Mesmo que pareça pertencer a momentos pré-determinados,

como algumas vezes finjo acreditar que são eles os causadores
dessa persistência sem propósito. Ou talvez eu esteja enganada
da forma mais profunda e tudo isso venha a ser, na verdade, o
maior propósito da minha existência.

Não sei se descobrirei isso como verdade.
No entanto, ela não deixará de ser.


Por vezes me sinto tão irracional com essa consciência.
Dentro de mim ela grita clamando por uma ajuda universal, e além ainda.

Mais do que possa, eu, imaginar.


Nesse sentido, alcanço o meu racionalismo, embora não pareça
algo conciso, percebo que é real. Eu vejo que é possível, porém
ainda que seja real, a nossa locura humana não permite ser, é
necessário uma consciência interligada.

Nós.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010



Eu bem que queria
fazer-te uma poesia.










E isso é tudo!




Uma carta para não deixar de ser.



Lá vou eu mais uma vez procurando como tola
aquilo que continuo a desconhecer.

Embora já conheça os passos dessa procura subjetiva.

Sigo.

É o buscar que me envolve, não posso negá-lo à mim.

Desfaço-me das lembranças da última estrada que construí
quando ainda estive disposta a me doar tanto a mim mesma.

No entanto, ainda me sinto aglutinada de sentimentos e
perguntas que tive naquele tempo.

Em breve mandarei notícias desse novo Eu.

O mesmo.


terça-feira, 5 de janeiro de 2010


Onde
não busquei, encontrei tua voz e depois te
senti agarrada ao meu corpo.
Tentei, somente, não pensar e percebi que isso me
cabia, aos poucos e constante encontrava a tua pele
em minhas unhas.

Boca. Nuca. Braço. Mão.

Há um reconhecimento mútuo entre nós e uma
trasmutação inevitável em mim.


Quando sem perceber, já eras mais do que sou.
E ainda és!

Estás.



Acorda, florzinha, que os meus dedos já percorrem
teus cabelos tão cheios de cachos nesse dia que chega.