quarta-feira, 19 de maio de 2010

no começo fui eu


Sinto tanto por saber que um dia vou te
magoar e embora me esforce bastante acredito
ser inevitável.

Sou tão falsa quanto minhas palavras.

E se queres saber a verdade eu acredito
que já saibas disso o que, sinceramente,
não me deixa amenizar o meu fardo.
Lembro das vezes em que rodeava tentando
me despir em palavras que te trouxessem
até Meu abismo, no entanto, claramente
eu via que tu percebias do quê se tratava e
rapidamente detinhas minhas frases longas
e, nitidamente, explicativas.
E isso era somente para não ouvir o que
não te convinha.

Me absorves da maneira que te interessa.
Engoles o que pensas em dizer.
Tens medo do amor. Ou melhor, do meu amor.

Ah! se confiasse no que dizes...
pois é, não confio. Não se desagrade por isso.

eu sei quando o teu amor dói
eu sei quando o teu ciúmes chega
eu sei quando tens somente saudade
eu sei quando tua possessividade domina
eu sei quando finges indiferença
eu sei quando não devo crer nos teus olhos
eu sei quando não ouvir tuas palavras que
gritam negando haver tudo que há.



Posso te apresentar mais um pouco
ou por hoje está bom?


calados


Gosto daquelas bocas sem som que percebo

enquanto escuto Damien Rice no mp4,

parecem estar sempre prontas a falar de seus mundos

tão cheias de entusiasmo enquanto disfarçam seus olhos.


segunda-feira, 17 de maio de 2010

um instante


nunca soube quais passos nós perdemos

em nossa história tão breve e que ainda me letargia

tento seguir num caminho contrário ao teu

mas acabo imprimindo sensações próprias.