domingo, 27 de setembro de 2009

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Ando curiosamente em mim.

Na verdade outras vezes já estive bem perto disso,

mas esses dias em especial estive mergulhada em

desejos, e foram “coisas” indefinidas que pulsavam

em minhas veias estreitas já dilatadas de não mais

agüentar conter tanto.


Não sei se são dias quentes ou se meu verão

chegou com a primavera dos outros.


Fui me engolindo quase sem saliva de tanto respirar

pela boca pois o ar que meus pulmões necessitavam

era insuficiente vindo de minhas narinas. E cansada,

fui me disfarçando em pensamentos aleatórios...

Embora todos mais confusos que as minhas sensações,

e então me percebi extasiada, ébria em somente me sentir.


Mas como eu desejava ser sentida por outrém...


Queria na verdade sentir a pele junto ao meu corpo

descontrolado, num movimento sem sentido guiado

apenas pela vontade de se ter, e com as bocas sonoras

orquestrando as mãos.

Não cabe sentido à eles.

Certos amores persistem em ir existindo enquanto o
tempo mais os leva do que os trás. Eles não querem se
esgotar mesmo quando já findaram e nisso vão seguindo,
vagando e inflando alguma coisa não muito certa aqui
dentro. E os meus pulmões já estão cansados dos suspiros
sem por quê...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Muitos comuns, poucos raros.

Certeza é o chão de um imóvel
prefiro as pernas que me movimentam.. .






http://www.youtube.com/watch?v=O3SxCph5I1Q

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Seulement elle

"...elle se marre et crache ses mots"

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sem apresentações.

"Mas o vazio tem o valor e a semelhança do pleno.
Um meio de obter é não procurar, um meio de ter
é o de não pedir e somente acreditar que o silêncio
que eu creio em mim é resposta à meu mistério"



Hoje, sentada num banco de ônibus me senti livre.
E logo após ter isso dentro de mim parei de ler os
pensamentos de Lispector e fui me sentir.

Diante daquela janela ao meu lado eu olhei a vida
que seguia alheia à tudo meu, aos meus sentimentos,
aos meus desejos, aos meus pensamentos. Foi algo
que pareceu passar em uma outra dimensão, como
se eu estivesse suspensa e isso me fazia sentir estar
em outro plano. Nenhuma sensação me era muito
certa, um tanto abstrato, até mesmo o vento que me
tocava o rosto e os braços, parecia leve demais e ao
invés de somente passar ele me envolvia por frações
de segundos.

Era um sentimento de liberdade estranho ao me
ver dentro de algo.

Naquele minuto, ou minutos pois não sei exatamente
quanto isso durou, eu fui tomada pela certeza de que
não necessito de nada. Sou livre de necessidades!

E por um instante pensei em olhar a hora e até mexi
na bolsa com a intenção, mas de repente como se
houvesse sofrido uma desconexão eu interrompi
aquilo e pensei que o que menos me importava
naquele momento era ter consciência do tempo.


Nosso nascer e morrer diário.



quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Alguma intervenção.

A ausência anda gritando em mim.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Por egoísmo ou por preguiça?

Um desejo reprimido ou um amor renunciado?
Talvez não seja tão definível assim.
Até porque quando se trata de sentimentos não
acredito que limitar seja o mais apropriado.
Pra ser honesta o que passa pela minha mente
quando penso nisso é que mais do que entender,
compreender o que realmente se enfatiza é a
definição, a lógica, a razão do que está acontecendo,
como se isso fosse o suficiente.
E perde-se mais uma vez a essência em troca da forma.

O reflexo do refletido.