Ando curiosamente em mim.
Na verdade outras vezes já estive bem perto disso,
mas esses dias em especial estive mergulhada em
desejos, e foram “coisas” indefinidas que pulsavam
em minhas veias estreitas já dilatadas de não mais
agüentar conter tanto.
Não sei se são dias quentes ou se meu verão
chegou com a primavera dos outros.
Fui me engolindo quase sem saliva de tanto respirar
pela boca pois o ar que meus pulmões necessitavam
era insuficiente vindo de minhas narinas. E cansada,
fui me disfarçando em pensamentos aleatórios...
e então me percebi extasiada, ébria em somente me sentir.
Mas como eu desejava ser sentida por outrém...
Queria na verdade sentir a pele junto ao meu corpo
descontrolado, num movimento s
apenas pela vontade de se ter, e com as bocas sonoras
orquestrando as mãos.