sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O inacabado de nós.

Do início um olhar curioso enquanto disperso, e no passar daqueles dias estilo férias agitadas em uma casa de praia qualquer fomos nos conhecendo, eu em meu silêncio cheio de mistérios como já me disseste e tu me desvendando no teu próprio jeito de ser.

Nas manhãs, um café ralo e amargo para acorda e começar os dias sem saber se voltariamos pelo mesmo caminho ou se tomarias outra direção, já bem conhecida tua. Tentava não me prender ao sorriso mas tua gargalhada percorria toda a casa e quando não estavas o silêncio era ensurdecedor, foram dias de um tempo quente e traçados sem muita certeza do que seria de nós.

As noites eram receptivas com uma bebida improvisada em uma garrafa plástica apenas na intenção de aquecer a pele que o vento acariciava e a cada uma noite que passava pedia que o álcool da bebida tivesse sua dose aumentada, para então suprirmos o que o corpo queria e a pele exalava.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Revivendo.

Voltei a sentir cada segundo!

Pode soar como uma grande descoberta
minha para mim, embora não seja.
No entanto, apesar de não ser algo novo
há tempos que isso não era constante.
Me sinto agora como se houvesse voltado
para mim mesma ainda que sem saber para
onde tinha ido ou porque fui. Um tanto
envolvente esse período em que fiquei
"fora do ar", do meu próprio ar. E estive
pairando pelos outros e principalmente
para os outros.

Dispersa. Avulsa.

Concentrada no nada que me absorvia
inteiramente sem que me fosse dada a
compreensão daquele momento.
Simplesmente e puramente nada!

Acabei me deixando lá por um tempo sem
fazer esforço pra voltar ou avançar, seja lá em
que sentido possa significar essas direções.
E nesse abandono natural resgatei minhas
percepções trazendo-as à tona de uma forma
bem mais intensa e condizente comigo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ser céu.












Às vezes sinto-me bem perto!

Eram nós, enquanto tu era laço.

Vou te tendo como um resquício do que um dia senti
fortemente, algo que esteve muito em mim e que hoje
apesar de vazio ainda preenche um existir que nunca
se firmou de fato, sempre habitou por partes ainda que
transitasse entre os meus por inteira.

Eras inteira na tua metade.

Me deu pouco como sendo muito e conseguia fazer
isso ser pleno, ou talvez naquele momento eu estivesse
satisfeita crendo ser somente aquilo que poderias me
oferecer. Mas sabendo de tua mais nova história tomo
consciência de que o tanto que um dia tivemos ficou no
passado talvez porque diante de algumas situações
escolhestes interromper nossas energias por estar ligada
a tua relação ou porque querias ambas, sem admitir
que era isso.

Mas seja como for não importa mais pois não é mais
isso o que mudará o rumo de nós, e entras agora em
um outro universo que te encanta como um dia
estivesses no meu. E sei bem como é te ver assim,
sei o que fazes quando estais dessa forma e é por isso
que decido te deixar, para que também eu me permita
entrar e explorar outros universos além de mim mesma.

Continua quando.

Percebi que ainda sinto, embora racionalizando
a situação, também sinta não haver mais.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Permitindo a harmonia

Da natureza do amor contida na beleza e na
surpresa das manhãs, dias que parecem tão iguais
mas de repente vem sinais de uma nova magia.

domingo, 2 de agosto de 2009

Cotidiano.

Há tempos não escuto o som das velhas músicas
tão familiar aos meus ouvidos e vez ou outra me
pego como que aguardando ouví-las novamente
mas sem que eu mesma tivesse que ligar o som,
como era antigamente.
Às vezes até acordo imaginando ouvir, mesmo que
de longe num som baixinho como que se não quisesse
incomodar, mas logo me dou conta de que não são as
tuas músicas e começo o meu dia por mim mesma.
Sinto falta desse pequeno mimo que era teu pra tu
mesmo mas que eu o tomava para mim. E ainda posso
me sentar na cozinha e esboçar um sorriso quando me
pego como se estivesse a te olhar preparando o café da
manhã, é tão real quanto ilusório.

Talvez porque te sinta aqui!

Outro dia já deitada na cama tentando encontrar o sono,
lembrei dos abraços apertados que vinha me dar e que de
tão apertados até me machucavam.

Vai ver pra expressar o quão grande
era o teu carinho...desajeitado!

Daí fiquei com vontade de contar isso aqui pra veres
que tás aqui sem estar e espero que você leia, já que
te mandei o endereço daqui. Mas é bom ver que o
tempo correu a nosso favor em todos os sentidos
tanto em nossa vida particular quanto em nossa ligação,
o nosso amor amadureceu lindamente!

Sei que logo mais voltarei a ouvir os teus antigos sons
e aprenderei a gostar dos teus novos prazeres.

Até breve e aproveita o tempo que ainda tens nesse lugar
que escolheste pra habitar temporariamente.

teamo, irmão.