Procuro tuas pernas entre as minhas para
que eu possa adormecer como outrora.
A ausência da tua carne cheia de vida me inquieta. Me agita.
Meu quarto é pequeno diante do desejo.
Caiu em pensamentos meus, ora são teus, ora nosso.
Nosso.
Há pouco foi nosso. Há pouco fomos nós.
Agora estamos o que somos. Eu. Tu.
Ès minha pequena 'rosa desfolhada', como foi dito
por quem soube amar e cantar o amor.
E te amando, assim como o poeta Vinícius amou
a 'menina com a flôr no cabelo', te canto qualquer
canção com meu riso e vou eternizando teu sorriso
em meus olhos já cansados de olhar para o além.
Com carinho, Tua.