domingo, 31 de maio de 2009

Ando cansada disso que sinto, na verdade ando de
fato cansada e não sei se isso pesou pra cansar o
que to sinto também ou se é algo que já está se
esgotando em mim. Antes me enchia tanto de
não sei bem o quê, mas agora causa um abuso
extremo dessa mesmice sem ser e sinto, às vezes,
isso findar em mim, embora saiba que ainda consta
aqui. Mas tudo isso me dá vontade de arrancar
esse pedaço de carne atordoado e vê se arrumo
um outro, tranquilo, em algum lugar que venda
partes de alguém em paz por aí.
O corpo mole e a mente já sonolenta mas que não
pára, venho somente jogar essas poucas palavras
na tentativa de me entender mais um pouco.
Como uma chuva, nem tão fina nem tão forte
que cai e escorre pelo rosto numa sensação única.
E assim como ela já te vi tanto por aí mas não sabia
que bastava apenas um dia em que se está realmente
disposto pra perceber o quanto pode ser surpreendente,
a chuva e você.





When you have everything, you have everything to lose.
Just the rain and you!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Tudo fica no travesseiro quando

tento estar no teu pensamento
tento estar no que você sente
tento estar nos teus sentidos
tento estar nos livros que você lê
tento estar nas músicas que você ouve
tento estar nas fotos que você vê
tento estar nas ruas em que você anda
tento estar no tempo certo pra te encontrar
tento estar em mim por você.

tento saber como acordou
tento saber o que come e quem come
tento saber pra onde vai no começo do dia
tento saber quem são as pessoas que encontra por aí
tento saber qual o caminho do fim do dia
tento saber qual o teu último pensamento na noite
tento saber com que roupa se deita pra durmir.

e com minha mente quase adormecida no meu
travesseiro, me rendo ao sono, que lá sempre te vejo.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

1 segundo para 3 mil horas e

minha boca te olha
minha boca te sorri
minha boca te sente
minha boca te acaricia
minha boca te chama
minha boca te cala
minha boca te suga
minha boca te expulsa
minha boca te come
minha boca te deseja salivando de desejo.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

pequenos mimos na vida
são como estrelas no infinito.

domingo, 24 de maio de 2009

Vamos celebrar
nossa própria maneira de ser.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Radiância.

Já tinha consciência disso mas ultimamente venho
me surpreendendo bastante com que posso fazer, ou
melhor, com o que minha mente é capaz.
A questão é que ando vivenciando isso fortemente
e obtendo experiências que me deixam cada vez
mais maravilhada com a harmonia que existe em tudo.
E isso é de uma magnitude fantástica!
Realmente consigo sentir tudo fluir e acontecer no
tempo e espaço devido.


E percebo as mudanças tanto no meu interior
quanto ao redor e com o desejo de reforçar
dentro de mim que isso é transmitido para todos
e fazer desse ponto o mais importante para
sempre buscar emanar o melhor, seja por
pensamento, sentimento ou no que faço.
E não me limitar é o fundamental pois não
posso ir além colocando restrições ao meu pensamento
que é a origem de toda uma cadeia.

Pensar que posso é de fato poder,
é materialmente já estar concretizado.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Sinto-me tomada por algo que ocupa um
espaço imenso mas completo de um vazio e que
preenche meu peito me consumindo de uma
forma que não mais suporto. Só que isso que já
não me cabe mais também provoca uma sensação
de não ter nada e ao mesmo tempo ter tudo.





Me falta e não sei onde tudo está.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Eu, que digo ser o que ainda não sou,
mas sim uma farsa do que um dia
não distante serei, sinto que agora
não me basto mais nesse Ser que não
me deixa ser completamente o meu Ser.

E vejo que estou presa àquela velha aparência
que possuo diante dos olhos de todos e é bem
verdade que aos poucos me desfaço desse jeito
meu de ser sem ser, embora me consuma demais
trasparecer sem sofrer porém creio que natural até.
Afinal, como não ser eu mesma e quando sofrer ser
meu mais profundo "eu" em sofrimento

E ser somente eu, só é possivel quando.

Horas por segundos.

Continuo a te ver com os mesmo
olhos intensos e desejosos de antes, olhos
que diante dos teus tão tímidos e levemente
profundos, sinto meu corpo embriagado
e sigo vagando ilusoriamente ao teu lado.

É de tal leveza e tal peso que permaneço
circunstancialmente inerte. Numa espécie
de tempo sem espaço, não suporto mais
o querer ter e vou buscando, inutilmente,
te ter através dos outros ou nas poucas
lembranças tuas, tentando ocupar por fim
esse espaço nesse tempo que não pára.
triste como os últimos grãos de pó
de um café mal passado que restam
no fundo da xicará.

s[ó]mente como o último gole de
uma bebida gostosa qualquer.

por eles.

meus olhos desejosos de vida,
olhos de comer o céu,
olhos de comer a terra
que há de comê-los um dia,
olhos que falam sem o som
da minha voz,
olhos que sentem molhados
as minhas emoções,
olhos que se escondem por
trás de cortinas naturais
quando fujo de um pensamento,
olhos meus, vida de cada dia.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Insustentável leveza.

Desejava não te ter, mas estar vez ou outra apenas e
permitir tuas idas e vindas sem deixar de te querer.
Estar em você e te ter em mim longe ou perto, quando
perto ser muito e quando longe ser mais ainda.
Ser leve. Ser eu, ser nós, ser você.

Ser intenso, intensamente leve.

E amar o teu amor, penetrar no teu ser,
aceitar que teu corpo é meu mas que pode
ser de outros, e conhecer oferecendo-te à
mim. Compartilhar do teu intelecto e fazer
dessa pouca experiência que me ofereces,
sabedoria e compreender e te admirar
quando fores pra outra pessoa, e amar
admirando a tua volta pra mim.
Ser somente o que somos.

Que ainda podemos ser um, sem deixarmos de ser.

Contornos.

Desbotando quase como uma fotografia.
Minha memória pouco a pouco se desfaz,
não da tua imagem, mas talvez de pedaços
desse tempo em que vivo e que não sei ao
certo o que foi, no que se tornou ou no que
me transformou.

É um tempo não determinado,
que é passado, presente mas com
futuro além. E num espaço sem
limitações, porque posso estar ou não,
ou apenas uma parte de mim estar.

Tudo um tanto vago mas completo de intenção.

E até natural como o tempo que
leva detalhes de nossas vidas,
mesmo os projetados num pequeno
papel fotográfico. Simplesmente se vai
e um dia pouco restará na memória já
desbotada de um álbum qualquer.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Às vezes creio que isso não é real.
Mantenho no foco tentando traduzir
pra mim mesma o que sinto e percebo que
faço muito do pouco que tenho e não bastando
eu aumento demasiadamente e intensifico
ao extremo o que entendo quando penso nisso.
Tento viver a leveza do que sinto e finjo, às vezes
até pra mim, que consigo viver dessa forma.



Mas a mente ainda pesa!

sábado, 9 de maio de 2009

Chove em mim como num dia de sol
que antes de se pôr é lavado intensamente.
E numa precipitação natural sinto antes de tudo!


É forte e seco.

O reflexo da relexão.

Páro tudo quando viro expectadora de mim mesma.
a mente continua além, mas o que sinto fica estático.
Então, respiro fundo e me forço a mexer com os
sentimentos e resgatar aquele início perdido quando
sou atropelada pelos meus pensamentos.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Assim que vi você
Logo vi que ia dar coisa
Coisa feita pra durar,
Batendo duro no peito
Até eu acabar virando
Alguma coisa
Parecida com você
Parecia ter saído
De alguma lembrança antiga
Que eu nunca tinha vivido,
Mas ia viver um dia
Alguma coisa perdida
Que eu nunca tinha tido
Alguma voz amiga
Esquecida no meu ouvido
Agora não tem mais jeito,
Carrego você no peito
Poema na camiseta
Com a tua assinatura
Já nem sei se é você mesmo
Ou se sou eu que virei alguma coisa tua


[Alice Ruiz - ]
respirar é preciso
dentro! pulmões! ar fresco!
os poros transpiram liberdade
feliz espontaneamente
medos, receios, amarras
faz parte!

fadiga representa o gasto!
o gasto, as vezes, é o que basta!

horas inquieta, mente apressada.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Quase reflexo!

Hoje vi teus olhos e eles estavam rasos
diante de tudo que via. Não havia
profundidade no teu dia, apenas aquela
velha felicidade aparente construída sobre
coisas que nem você sabe se são suas.


Mas se pudesse eu mesma ver os meus olhos hoje
creio que veria você pois foram espelhos teu hoje.
um dia te explico todas as coisas do mundo. ..
mesmo aquelas que não têm explicação.
estas te mostrarei como senti-las, quando
conseguires, aí sim, terás entendido tudo
que quiseres saber.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Inutilidades minhas.

Me vejo em busca de inutilidades tentando
fazer com que algo me ajude a diminuir o
espaço que você ganhou em mim apesar de saber que
nada disso tudo que tento me cercar resolverá.
Só que viver entre dúvidas não é lá muito conveniente
ou até seja dependendo de como se quer levar. E sei
que são essas incertezas que contribuem bastante e
tornam difícil deixar de estar nisso tudo.

Tento sempre me situar mas às vezes é bem complicado,
talvez devesse parar de me apresentar e deixar o interesse
alheio vir buscar e ainda sinto-me numa situação
rídicula pois nem quando tento entender do meu jeito
consigo concluir algo.

domingo, 3 de maio de 2009

Pegadas não na areia.

Não sei por onde vou, apenas sigo e no tempo
o caminho se fará com minhas pegadas ilusórias.
E as marcas ficarão porque essas sempre ficam
mesmo e escolho seguir por um caminho onde nada
possa apagá-las pois creio serem necessárias para
continuar seguindo.

sábado, 2 de maio de 2009

De um outro ponto.

Percebo que ultimamente tenho sentido minhas
emoções de uma forma diferente e dessa maneira
não me vejo mais chorando. Sinceramente não
sei dizer se isso é bom ou não, talvez apenas
diferente e/ou se trate somente de uma fase,
ou não! Mas é que a gente se acostuma a aliviar
alguns sentimentos através das lágrimas e às
vezes me sinto em falta com isso.

O que vem ocorrendo é que quando me
deparo com meus sentimentos não venho
mais expondo-os como antes e acho que
a falta desse hábito de me esvair pelo choro
é que está causando esse estranhamento
incosciente que ando sentindo.
Ultimamente muito facilmente me projecto
e analiso tudo que absorvo e daí passo a observar
de fora, de fora de mim mesma. Quase como
numa história onde o narrador descreve as
emoções das personagens e essa visão anda me
permite alguns conhecimentos sobre mim mas sei
também que não me ensina a lidar com meus
sentimentos e que para isso preciso sentí-los e
não me ausentar deles.

Quanto falta pra ser?

.
Partindo da idéia que o começo é um fim,
começo com um ponto final então.

É de certa forma benéfica essa coisa de
começo e fim, apesar de em certas circunstâncias
querer que não houvesse tal fim. Mas vendo
com clareza e sem apego é notável que o
fim sempre renova, por mais doloroso que
possa ser um. É necessário! Seja o simples fim
do dia, para respirar fundo e se permitir viver
melhor o dia que começará com o fim desse
ou seja o fim de uma vida onde é sentido fortemente
a eferemidade dos seres e são nesses momentos
que se pode tirar o melhor dos sentimentos e buscar
viver com maior intensidade.

Tudo para uma elevação durante o
nascer e morrer de cada dia.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

começar colocando um ponto final
pelo menos já é um sinal de que tudo tem fim.

encontro sempre.

hoje te encontrei no pensamento;
hoje te encontrei quando me arrumei pra sair;
hoje te encontrei na voz de um amigo;
hoje te encontrei na minha ansiedade;
hoje te encontrei na minha vontade de ver;
hoje te encontrei cada vez que olhava para os lados;
hoje te encontrei no momento em que não procurei;
hoje te encontrei fisicamente
hoje te encontrei quando já tinha
desistido de hoje te encontrar.
fugir e achar
achar e fugir.
acho e vou fugindo
e fugindo eu acho.

desisto. não fujo e não acho. rá!